O sucesso recente de faixas como “Sou vitorioso” com o MC Lele JP, com mais de 200 milhões de visualizações no YouTube,  coloca Júlio César Ferreira, o Neguinho do Kaxeta, como um dos artistas mais ouvidos no Brasil atualmente. Mas sua trajetória é longa e acompanha a evolução do funk de SP.

Kaxeta é o nome de uma favela em São Vicente, SP, onde Júlio nasceu. Ele iniciou sua trajetória no funk no ano de 1999 cantando em bailes da Baixada Santista. No ano de 2004 emplacou o seu primeiro sucesso “Vitorioso”. Em 2006 vieram mais dois grandes sucessos “A Firma é Forte” e “De Ponta a Ponta” veio também a confirmação que o artista tinha chegado pra ficar. O sucesso foi tanto que as duas músicas foram regravadas pela Furacão 2000 no berço do funk do Rio De Janeiro. Logo os shows se estenderam para cidade de São Paulo  e pelo interior paulista.

Em 2007 ganhou o prêmio “A Revelação Do Funk” e dois anos depois, gravou o seu primeiro CD de forma independente no Rio De Janeiro com 22 faixas.

Preso ao estilo funk consciente, quando o funk estourou na capital, na onda da ostentação em 2012, ele se adaptou e estourou “As novinha tão a mil”. Também embarcou na revolução dos clipes e teve vários vídeos de sucesso como “A firma tá a mil”, “Time de monstrão”, “Problemático” e “Chave de ouro”.

Já com o funk no centro do pop brasileiro e se juntando a outros estilos, ele se adaptou às letras românticas em “Preta” e gravou “Bumbum otimista” com a Turma do Pagode. Em 2020, aos 34 anos de idade, pai de três filhos, comemorou duas décadas de hits com um DVD e com “Sou vitorioso”, que retoma o discurso consciente lá do início.

Para comemorar seus 22 anos de carreira Neguinho do Kaxeta lançou, em 2022, o DVD “Funk on the beach- parte 2”. O DVD tem15 músicas, com duas colaborações: “Rimando aos montes”, com Hariel, e “Angra” com Sarah. A primeira faixa de trabalho é “Oh, Senhor”, com versos sobre desmatamento, violência e injustiça social.